Uma foto
Fabricio C. Boppré |Imagem principal:
Crédito(s): foto de autor desconhecido, copiada daqui.
Texto:
Eu queria poder dizer que finalmente compreendi e adotei em minha vida a música do compositor italiano Luciano Berio, e então eu publicaria aqui um post sobre sua música complexa e experimental, as questões sócio-políticas que permeiam sua obra, sugeriria algumas gravações das suas composições, etc. etc., e ilustraria tudo isso com a imagem acima. Mas nada disso aconteceu. Quero dizer, gostei do pouco que escutei de Berio até hoje, porém minha relação com ele permanece a mesma que mantenho com a maioria dos compositores da vanguarda pós-guerras, uma relação cheia de dedos, cheia de ceticismo e desconfianças, as promessas se materializando lentamente ou naufragando miseravelmente. Vou avançando devagar com essa turma (Cage, Boulez, Stockhausen), ninguém tem pressa (as exceções penso que seriam Feldman, Ligeti e Scelsi, que esses eu já amo sem ressalvas). Mas o post cá está publicado de todo modo porque a verdade, meus amigos, é que eu não queria perder a oportunidade de publicar esta imagem. Ali estão o mestre Mstislav Rostropovitch (com o violoncelo), Luciano Berio de pé, instruindo Rostropovitch e gesticulando como que para comprovar sua italianiedade, e um simpático cachorrinho que algo muito mais importante do que escutar Berio ou apreciar Rostropovitch parece ter encontrado em algum ponto fora da imagem. Comida, decerto. Pronto, aí está a imagem. (Precisa mesmo de toda esta parola para publicar fotos de cachorros neste blog?)
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